Vai outra de toponímia deturpada . Quem leia saberá desculpar, por dous motivos: porque a toponímia deturpada se presta às maiores burrices no seu estudo etimológico; e porque a toponímia deturpada é, simples e tristemente, maioritária. O caso de hoje constitui, ademais, uma das mais flagrantes barbaridades daquele processo de desnaturalização linguística que continua, mas que teve a sua época de glória há já uns anos. Refiro-me a Ninho d'Águia , que alguém traduziu, pola brava, como "Niño de la Guía" (Criança ou Neno do Guia), apoiando-se em sei lá que cousas da Virgem Maria. Uma explicação cristológica Ora, Ninho d'Águia é também um exemplo do modo como os linguístas procuram às vezes os três pés do gato ou, por outras palavras, trocam a linguística e o sentidinho pola tripologia felina (Umberto Eco dixit). Por isso houve quem insistisse em que uma interpretação como Neno da Guia teria sentido porque nas Astúrias há tradição de representar a Virgem do Guia le
Um espaço sobre toponímia, geografia e história da Galiza