Um anúncio da Junta da Galiza a respeito da toponímia galega está a gerar já alguma controvérsia, com expressões, como a de Carlos Callón , que sobardam a incredulidade para qualificar a medida de puramente cínica. Quem habitar na Galiza saberá que a toponímia é um âmbito em conflito permanente entre, de uma banda, as práticas colonizadoras assentadas durante décadas pola ditadura e polo capital, com mais força quanto maior for, não por acaso; e, de outra, a vontade de reapropriação popular do que lhe é próprio, que é a faculdade de nomear. Que a direita espanhola a governar na Junta da Galiza apresente agora uma medida como esta é cinismo puro , tem razão Carlos Callón. Mas, sobre a faculdade de nomear e sobre a importância que isso tem, quero apenas extractar a continuação um trecho escrito por Xoán Carlos Lagares Diez num texto intitulado Sobre a noção de galego-português . O poder de nomear Nomear é uma forma de intervir sobre a realidade, e o ato de renomear pode produzir, d...
Um espaço sobre toponímia, geografia e história da Galiza