Os caminhos e as peregrinações no s. XVI pouco deviam ter a ver com as de hoje, que ateigam Compostela de turistas com todas as letras que simulam diferenciar-se do resto pola particularidade de chegarem de a pé, de bicicleta ou a cavalo. Notícias e narrações dessas viagens à Galiza abundam desde a Idade Meia, sempre com uma constante: serem as visões de estrangeiros a contarem o visto da sua própria óptica, que é a óptica do visitante. Um texto particularmente interessante é a Peregrinatio Hispanica de Claude de Bronseval , o secretário do abade do mosteiro cisterciense de Claraval, Dom Edme de Saulieu, que acompanha o próprio abade numa visita à península ibérica em 1532 que não é exatamente uma peregrinatio pro Christo , mas sobretudo para pulsar os ânimos nos vários mosteiros da congregação pola iminente fusão destes na congregação de Castela e a eventual separação da matriz francesa. Bronseval deixa por escrito os episódios da peregrinação — que entra na Galiza por Ponferrada
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